Os médicos anestesiologistas convivem, em seu dia a dia, com a constante análise de quais medicamentos podem interferir na anestesia. O desafio é lidar com pacientes que usam, de forma contínua, medicação que pode interagir, de forma negativa, com os anestésicos necessários para a realização de procedimentos invasivos e intervenções cirúrgicas. Em idosos, a preocupação se torna ainda maior, uma vez que o uso de remédios para o controle ou tratamento de doenças costuma ser frequente.

Entenda de que forma a interação medicamentosa pode prejudicar a segurança do paciente e por que a consulta pré-anestésica é tão importante.

De que forma os medicamentos podem interferir na anestesia e na segurança do paciente?

Alguns medicamentos podem interferir na anestesia causando reações e efeitos indesejados ao paciente, podendo colocá-lo em risco. Além dos remédios, alguns alimentos, bebidas e agentes químicos podem causar alteração nos efeitos da anestesia, podendo, inclusive, prejudicar a eficácia do tratamento.

Cabe salientar que, por ocasião da pandemia da Covid-19, o Conselho Federal de Farmácias divulgou um dado alarmante: a venda de remédios antidepressivos e estabilizadores de humor teve um aumento de 17%, devido ao crescimento dos casos de depressão e ansiedade diagnosticados. Diante disso, os anestesiologistas precisam estar ainda mais atentos para evitar possíveis interações medicamentosas entre psicofármacos e anestésicos.

Qual é a importância da consulta pré-anestésica?

Durante a consulta pré-anestésica, o médico anestesiologista consegue identificar quais são os medicamentos, usados pelo paciente, que têm potencial para interagir durante a administração da anestesia ou no pós-operatório. Além dos medicamentos controlados, é importante informar ao médico sobre o uso de vitaminas, suplementos, fitoterápicos, dentre outros.

Em idosos, é essencial redobrar a atenção sobre os medicamentos em uso, já que pessoas com mais idade costumam tomar remédios para o controle ou tratamento de doenças. Outro grupo que requer cuidados são as gestantes, portadores de doenças cardíacas ou que estejam internados em unidades de terapia intensiva (UTIs). 

Lembre-se: A interação medicamentosa pode ser evitada com a orientação médica correta. Por isso, converse com o seu médico e peça uma consulta pré-anestésica. Com certeza, você estará mais protegido contra eventuais reações e efeitos indesejados. 

Por JanPc – Serviços em Saúde